O que as academias de polícia, as escolas de comando e os cursos de ONGs têm inovado no ensino policial? Seis experiências brasileiras foram apresentadas ao público e mostraram que a realidade brasileira é uma multiplicidade de vozes.
Do Instituto Geral de Perícia do RS surgiu um curso de comunicação social pra peritos que se expandiu para o Amapá. Ele visa melhorar o relacionamento dos peritos com a mídia, levar informação clara e simples para a sociedade, divulgar as atividades da perícia e gerar uma pauta positiva sobre a árdua tarefa da categoria.
“Com as dinâmicas de entrevistas e debates, o policial fica mais seguro e consegue priorizar informações de qualidade”, diz Eduardo Lima Silva, criador da disciplina.
Do Rio de Janeiro, a experiência das Unidades de Polícia Pacificada mostrou a necessidade de um ensino policial de assistência à população para sedimentar um paradigma não bélico e instaurar o da prevenção. Num curso de 24 horas, os policiais aprendem a mediar conflitos, a aproximar-se da população e a formar uma rede de proteção ao cidadão.
Alguns policiais consideram a nova atividade vazia de sentido e reconhecimento, mas a formação tradicional é proveitosa para uma atuação progressista, que demanda flexibilidade da polícia?
Uma das novidades é o curso de especialização criado pela Rede Nacional de Altos Estudos em Segurança Pública (Renaesp), que visa convergir saberes das Universidades e das Academias de Polícia.
“Hoje temos uma polícia pouco permeável a professores que não são policiais. É preciso manter o esforço de aproximação e equilibrar os estudos com a prática profissional”, conta Alex Niche, pesquisador do Grupo de Pesquisa Violência e Cidadania da UFRGS.
Fonte: Fórum Brasileiro de Segurança Pública
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