Um projeto ambiental para o setor de eletroeletrônicos está sendo estruturado e articulado pelo Centro de Tecnologia da Informação Renato Archer, vinculado ao Ministério de Ciência e Tecnologia (CTI/MCT), em Campinas (SP). A proposta do "Ambientronic" é atuar em três frentes: apoio aos fabricantes na adequação de produtos, promoção do ecodesign e análise do ciclo de vida e estímulo às indústrias de reciclagem, a fim de que elas possam se adequar às práticas internacionais.
"A grande questão é promover inovação com sustentabilidade. Como fazer uma coisa economicamente viável e socialmente interessante sem agredir o meio ambiente. Nesse ponto, podemos ajudar e dar suporte às empresas para que possam se adequar e elaborar produtos mais fáceis de reciclar", destacou Marcos Pimentel, chefe da Divisão de Qualificação e Análise de Produtos Eletrônicos do CTI/MCT.
O representante do Ministério de Ciência e Tecnologia citou ainda como exemplo as políticas adotadas na Europa e no Japão, nas quais a responsabilidade pelo recolhimento é geralmente do fabricante ou de quem colocou o produto no mercado.
"Mas isso também tem custos; nos países ricos quem acaba pagando é o consumidor ou, de alguma maneira, a indústria. É uma questão relativamente complexa no aspecto da logística, porque o lixo eletrônico não é um resíduo normal, é perigoso e contém elementos tóxicos. É preciso saber quem fará esse recolhimento, como descartar e dar o destino correto. Todos esses aspectos estão em discussão entre governo, academia, empresas e recicladores", explicou Pimentel.
Certificação
A proposta do Ambientronic começou a ganhar corpo há cerca de dois anos, a partir do levantamento das informações e oficinas com vários segmentos relacionados aos eletroeletrônicos. Um dos resultados práticos foi o acordo firmado com a Associação dos Fabricantes de Equipamentos Médicos e Odontológicos (Abimo).
"Vamos elaborar um projeto-piloto para ajudar empresas desse setor a conseguirem a certificação de ambientalmente corretas. A partir do conhecimento adquirido, pretendemos estender para o setor eletroeletrônico, que é muito mais amplo", ressaltou José Rocha, responsável pelo Ambientronic no CTI.
O CTI trabalha em conjunto com a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) para adaptar regras internacionais à realidade brasileira. "Os produtos ambientalmente não corretos acabam vindo para o Brasil. Precisamos ter um sistema de avaliação e preparar nossas empresas para exportar para Europa, por exemplo. Já temos quatro laboratórios candidatos a fazer esses ensaios, dentro do Sistema Brasileiro de Tecnologia (Sibratec), um deles creditado pela ABNT. A meta é ter as normas estabelecidas, até o fim do ano, para formalizar os convênios necessários porque o MCT não tem como atuar sozinho nesta questão", justificou Pimentel.
Legislação
Ele também considera a falta de uma legislação adequada para a destinação dos resíduos eletrônicos um dos principais entraves a serem superados no Brasil. "Temos legislação especificamente para baterias, tanto que o índice de recolhimento passou a ser muito alto, mais de 95%, porque é obrigatório. Mas para eletroeletrônicos não existe", informou Pimentel.
Atualmente, um projeto de lei tramita no Congresso Nacional e agora está sendo colocado em pauta. O Conama (Conselho Nacional do Meio Ambiente), responsável por encaminhar essas indicações, chamou novamente o grupo de trabalho e propôs um texto novo para enquadrar o segmento na lei, dentro da Política Nacional de Resíduos Sólidos.
"A grande questão é promover inovação com sustentabilidade. Como fazer uma coisa economicamente viável e socialmente interessante sem agredir o meio ambiente. Nesse ponto, podemos ajudar e dar suporte às empresas para que possam se adequar e elaborar produtos mais fáceis de reciclar", destacou Marcos Pimentel, chefe da Divisão de Qualificação e Análise de Produtos Eletrônicos do CTI/MCT.
O representante do Ministério de Ciência e Tecnologia citou ainda como exemplo as políticas adotadas na Europa e no Japão, nas quais a responsabilidade pelo recolhimento é geralmente do fabricante ou de quem colocou o produto no mercado.
"Mas isso também tem custos; nos países ricos quem acaba pagando é o consumidor ou, de alguma maneira, a indústria. É uma questão relativamente complexa no aspecto da logística, porque o lixo eletrônico não é um resíduo normal, é perigoso e contém elementos tóxicos. É preciso saber quem fará esse recolhimento, como descartar e dar o destino correto. Todos esses aspectos estão em discussão entre governo, academia, empresas e recicladores", explicou Pimentel.
Certificação
A proposta do Ambientronic começou a ganhar corpo há cerca de dois anos, a partir do levantamento das informações e oficinas com vários segmentos relacionados aos eletroeletrônicos. Um dos resultados práticos foi o acordo firmado com a Associação dos Fabricantes de Equipamentos Médicos e Odontológicos (Abimo).
"Vamos elaborar um projeto-piloto para ajudar empresas desse setor a conseguirem a certificação de ambientalmente corretas. A partir do conhecimento adquirido, pretendemos estender para o setor eletroeletrônico, que é muito mais amplo", ressaltou José Rocha, responsável pelo Ambientronic no CTI.
O CTI trabalha em conjunto com a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) para adaptar regras internacionais à realidade brasileira. "Os produtos ambientalmente não corretos acabam vindo para o Brasil. Precisamos ter um sistema de avaliação e preparar nossas empresas para exportar para Europa, por exemplo. Já temos quatro laboratórios candidatos a fazer esses ensaios, dentro do Sistema Brasileiro de Tecnologia (Sibratec), um deles creditado pela ABNT. A meta é ter as normas estabelecidas, até o fim do ano, para formalizar os convênios necessários porque o MCT não tem como atuar sozinho nesta questão", justificou Pimentel.
Legislação
Ele também considera a falta de uma legislação adequada para a destinação dos resíduos eletrônicos um dos principais entraves a serem superados no Brasil. "Temos legislação especificamente para baterias, tanto que o índice de recolhimento passou a ser muito alto, mais de 95%, porque é obrigatório. Mas para eletroeletrônicos não existe", informou Pimentel.
Atualmente, um projeto de lei tramita no Congresso Nacional e agora está sendo colocado em pauta. O Conama (Conselho Nacional do Meio Ambiente), responsável por encaminhar essas indicações, chamou novamente o grupo de trabalho e propôs um texto novo para enquadrar o segmento na lei, dentro da Política Nacional de Resíduos Sólidos.
Fonte: EcoDesenvolvimento
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