Não subiu, ainda, matematicamente? Pouco importa, manda o sargento Garcia tentar prender o Zorro. Se vier a acontecer, o Figueira não terá subido para a Série A do Campeonato Brasileiro. Este 4 a 0 sobre o América foi o resultado que consolidou a volta do Figueirense à elite nacional.
Pode a torcida expressar, agora, com um desabafo enorme, com um grito gutural, com um barulho do tamanho imenso que é o Gigante do Estreito, o que estava engasgado junto à nação alvinegra: este time, por uma acidente de percurso, deixou a Série A, é verdade; mas não foi algo justo. O Figueira, desde que subiu, sempre honrou Santa Catarina na elite e só caiu no saldo de gols, por um descuido e falta de percepção a tempo para reagir da gestão anterior.
Um ou outro momento ruim, um ou outro resultado desastroso nos sete campeonatos que disputou, algo normal e que acontece inclusive com “grandes” do futebol brasileiro. Mas, no geral, sempre teve times competitivos.
O Figueira construiu seu nome, passou a ser respeitado, depois de alguns anos não era mais visto como o “pequeno”, o “aventureiro” que “iria voltar logo à segunda divisão”.
Quem viaja por aí, quem cobre futebol, sabe da imagem que o Figueira construiu pelo país e pelo mundo. É um clube respeitado, com mercado e com o interesse dos atletas em atuar por ele.
Vir para Floripa e atuar pelo Figueira é sonho de consumo da boleirada.
Faltava, todos sabiam, era um reencontro com seu torcedor. A questão mercadológica e a visão empreendedora haviam superado em valorização o principal, que era o apego ao torcedor.
Afinal, o Figueira é da torcida e não a torcida dos dirigentes. Talvez esta percepção que a nova diretoria teve foi o que de mais importante aconteceu na mudança de comando que começou em setembro de 2009 e aconteceu formalmente em março deste ano.
Existem camisas que jogam por si, profetizou Nelson Rodrigues. A do Figueira é uma delas. Basta não atrapalhar que o manto faz o resto.
Pois esta camisa gloriosa, esta camisa de ponta em Santa Catarina, retorna ao patamar que alcançou com justiça, com futebol, com estrutura, e, agora, potencializada pela parceria de seu torcedor apaixonado.
E o futuro vem aí: o Figueira vai emplacar 16 mil sócios pagantes para 2011. Dá para ir mais longe: não terá público inferior a 17 mil torcedores em média (claro, se a direção não perder a noção e aumentar os preços absurdamente).
E, com esta projeção, mais um time bem montado, mais a Arena que vai sair do papel (há garantia dos principais dirigentes), está implementada a receita para a volta triunfal do Figueirense ao cenário nacional.
E, finalmente pode-se confirmar o que foi dito na crônica do Diário Catarinense de 2009, quando houve a queda, cujo título era: “Adeus não, até breve”.
Portanto, se o sargento Garcia não aparecer com o Zorro preso nos próximos dias, pode erguer a bandeira alvinegra na descida ponte Pedro Ivo.
O Furacão do capitão Goiano, do Fernan10, do muralha Wilson, da estrela de Reinaldo e do “carrossel do Uram”, do determinado e corajoso Lodetti e, principalmente, da torcida, voltou à elite.
Fonte: Blog do Castiel (ClicRBS)
09.11.2010
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