A produção de uma pesquisa sobre governança ambiental é uma das ações previstas em cooperação firmada pelo Conselho Nacional de Justiça com a Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), a partir do Centro de Pesquisas Judiciais (CPJ), e a Associação Brasileira de Jurimetria (ABJ).
As instituições também devem intensificar a troca de experiências, informações e tecnologias para aperfeiçoar a governança ambiental e expandir o conhecimento voltado para a proteção ao meio ambiente. O Termo de Cooperação Técnica 037/2022 foi anunciado nesta semana, durante a 355ª Sessão Ordinária do CNJ.
Entre os objetivos, está o compromisso de difundir o conhecimento adquirido por intermédio das pesquisas e de publicações de pesquisas, artigos e demais materiais jurídicos e ambientais, além da organização dos eventos conjuntos. Por parte do CNJ, serão disponibilizados metadados da Base Nacional de Dados do Poder Judiciário (DataJud) relacionados com a temática ambiental para a produção dos diagnósticos.
"Essa parceria é fruto do Programa do Judiciário pelo Meio Ambiente, o qual abrange um conjunto de ações que concretizam o compromisso que eu assumi no início da gestão à frente do Supremo Tribunal Federal e do CNJ de priorizar a proteção ao Meio Ambiente", explicou o presidente do CNJ, ministro Luiz Fux.
A ABJ realizará a análise quantitativa da pesquisa, além de definir os principais temas, assuntos e classes processuais para extração de dados do DataJud. Após a mineração desses dados, a associação desenvolverá um painel interativo com os principais dados e resultados da pesquisa. O secretário-geral da ABJ, Júlio Trecenti, destaca que a associação trabalha com a prerrogativa de fazer pesquisas para realizar políticas públicas e, assim, o acordo celebrado confirma o objetivo da instituição.
"Acredito que esse é um importante passo no processo de abertura de dados do Judiciário, que é extremamente importante para que se tenha mais participação civil, mais trabalho de entidades em conjunto e para que todos os projetos deem certo no contexto judiciário".
A AMB coordenará a pesquisa, compilando os resultados e uniformizando a linguagem da pesquisa. A associação também será responsável por reunir os dados qualitativos e quantitativos levantados pelas outras instituições, permitindo a análise tanto da governança ambiental quanto da judicial.
"Nós analisaremos os processos de crime ambiental, que já foi feito pelo Conselho, mas através de um cruzamento especial com a lavagem de dinheiro. A gente sabe que o que financia o crime e as organizações criminosas é o dinheiro que é escondido, que é ocultado e depois transformado em valor lícito", acrescentou a presidente da AMB, Renata Gil.
O programa inclui o uso de tecnologias de ciência de dados para aperfeiçoar a gestão e o julgamento do acervo processual de demandas ambientais, mudanças normativas e o estabelecimento de metas para impulsionar processos nessa temática, além da disseminação de boas práticas realizadas pelos tribunais em relação a esse acervo.
Com informações da assessoria de imprensa do CNJ.
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